Por Mestres do Paladar
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2 de outubro de 2025
Arte, amor e sabor. Com esses três ingredientes, Juliana começou a escrever — ou melhor, confeitar — a sua própria história. À frente da marca Doce Amor, ela transformou o que era uma necessidade em um negócio doce e consistente, construído com paciência, talento e fé. “É um trabalho de formiguinha que está sendo construído há 10 anos”. A trajetória começou de forma modesta, um mês antes do casamento, quando decidiu fazer um mini curso de dois dias sobre bombons e cupcakes. Na época, não imaginava o quanto essa escolha mudaria seu destino. Casou. E cinco meses depois o marido ficou desempregado. A solução veio de forma inusitada, através de uma reportagem enviada por uma amiga, listando 10 trabalhos que poderiam ser feitos em casa. Um deles era a produção de doces. E foi ali que nasceu o que hoje é uma referência no setor. Juliana, ainda com emprego CLT, ensinou o marido. Ele produzia durante o dia, ela ajudava à noite, e ele mesmo saía para vender nas empresas. Começaram com dois sabores de cupcakes e dois de bombons, simples, mas feitos com capricho. Com o tempo, ela sentiu a necessidade de aprender a fazer bolos. Fez cursos, mas ainda não se sentia pronta para oferecer. A coragem veio após o nascimento do primeiro filho e, em seguida, a pandemia. As pessoas passaram a pedir bolos menores, mais intimistas, e ela viu a oportunidade de se arriscar. Deu certo. Hoje, a Doce Amor é sinônimo de excelência na região. A variedade cresceu: bolos caseiros, biscoitos, cupcakes, bombons, bem-casados e o casadinho mais famoso da cidade. De 2 kg de bolo por semana, passou a entregar 24 kg só para um evento. Já produziu mais de 1.500 docinhos para um único casamento, além de 200 bem-casados; e não costuma parar em uma festa só por final de semana, são duas, às vezes mais, além dos bolos de cenoura para cafés da manhã, e também atende dois comércios com suas delícias. “Parando para pensar, construí uma linda história. Foi muita luta, empenho e amor para chegar até aqui. E sei que posso muito mais ainda”, diz com orgulho. Doce Amor não é apenas o nome, é assinatura, é arte, é sabor. Cada criação carrega um pouco da história de quem acreditou que era possível e fez acontecer — e que segue, com uma produção artesanal que ativa os encantos das memórias afetivas, e adoça não só festas, mas vidas.