Doce Cris: uma trajetória repleta de amor e sabor afetivo

O sabor sempre esteve presente na vida de Cristiane Bendassoli — ou, como é mais conhecida em Santa Rosa de Viterbo, Doce Cris. Mais do que receitas, ela carrega uma história feita de afeto, resiliência e empreendedorismo. Desde os tempos da antiga Feira da Praça do Fuim, no início dos anos 2000, até o atual sucesso das pipocas gourmet recheadas, sua marca se tornou uma referência de memória afetiva e qualidade na cidade.
Tudo começou em 2001, quando Cristiane, com uma sacola térmica cheia de trufas e pães de mel, armava sua pequena mesa aos sábados de manhã na feira. Na época, levava a filha Vitória, então com três anos, no colo. “Usava sempre frutas frescas e ingredientes de primeira linha. Nunca abri mão da qualidade”, relembra.
Do improviso da feira, veio o sonho da loja própria. Em 2003, abriu uma doceria na Rua Santa Catarina, ao lado da escola COC. Lá, além das tradicionais trufas, passou a produzir tortas, bolos de casamento e doces para eventos. No entanto, a permanência foi curta: mudanças familiares exigiram a saída da cidade e o fechamento da loja.
A reviravolta veio em 2016 com as primeiras pipocas gourmet. Em 2017, Cristiane e a filha voltaram às feiras, desta vez na Feira da Mogiana, vendendo crepes e pipocas. No ano seguinte, investiram em um food trailer e passaram a circular por eventos na região. Em 2019, abriram uma creperia, lá também vendiam sucos , saladas e lanches naturais, mas a pandemia, em 2020, interrompeu os planos. “Tive crise de pânico, parei tudo por medo”.
A retomada só veio em 2022. No ano seguinte, Cristiane se especializou em pipocas gourmet e, em 2025, investiu no primeiro carrinho próprio para festas e eventos. Hoje, suas pipocas recheadas, no balde, se tornaram uma verdadeira febre na cidade. “Graças a Deus, estou trabalhando muito. Todo mundo quer!”, comemora.
Mãe, avó, esteticista desde 2009 e cuidadora da mãe em tratamento paliativo, Doce Cris mostra que, apesar dos obstáculos, é possível transformar afeto em sabor, e sabor em lembrança.
Seu nome virou referência: uma saborosa produção artesanal que abraça memórias afetivas e adoça a história de quem prova.









