Empreendedorismo feminino contribui para sociedade igualitária
Juliana Coin • 3 de setembro de 2022
Que a desigualdade de oportunidades afeta mais as mulheres do que os homens não é novidade. Ocorre que, com a eclosão da pandemia, as condições de trabalho e renda ficaram ainda piores para o público feminino – de diferentes formas e independentemente da região.
Nos Estados Unidos, onde as mulheres compunham 43% da força de trabalho, elas representaram 56% das perdas de empregos relacionadas à covid-19, segundo um relatório divulgado em julho de 2020 pela McKinsey. No Brasil, cerca de 3,1 milhões de mulheres simplesmente desistiram de procurar emprego no segundo trimestre de 2021, conforme um levantamento do jornal Folha de S.Paulo. Para efeitos de comparação, o total de homens desalentados – nome dado aos que gostariam, mas desistiram de trabalhar – ficou em 2,5 milhões.
Em meio a um cenário adverso, as mulheres buscam ser donas das próprias carreiras. O número de empreendedoras cresceu 40% em 2020, chegando a 30 milhões. É o equivalente a quase metade do mercado empreendedor (48,7%), segundo informações da Rede Mulher Empreendedora (RME).
Mas esse avanço não vem sem desafios. Começa que, no Brasil, o empreendedorismo feminino é mais por necessidade do que por paixão – segundo a RME. Um levantamento do Sebrae, em parceria com o movimento Aladas, traz outro ponto: 78% das empreendedoras investem do próprio bolso ao abrir um negócio.
E ainda: apenas 4,7% das startups foram criadas exclusivamente por mulheres no país, segundo o estudo Female Founders Report 2021, produzido pelo Distrito Dataminer, em parceria com a B2Mamy e Endeavor. Ou seja: a desigualdade de gênero atinge até mesmo o ecossistema de inovação, que por vezes se vende como sendo um ambiente de diversidade e inclusão.
Desenvolvimento das mulheres
Os dados acima reforçam que o caminho não é fácil para o empreendedorismo feminino. Ao compreender a realidade das mulheres, dentro e fora dos negócios, é perceptível a necessidade de se criar oportunidades que incentivem e qualifiquem lideranças femininas – uma rede de apoio que seja capaz de transformar realidades, como a B2Mamy. A empresa capacita e conecta mães ao ecossistema de tecnologia e inovação, incentivando a liderança e liberdade econômica. Desde 2016, a B2Mamy capacitou mais de 30 mil mulheres.
A Rede Mulher Empreendedora também age no sentido de integrar mulheres aos negócios. Atuando desde 2010, a RME calcula que mais de 750 mil pessoas foram impactadas por seus programas e ações. Em todo Brasil, são 133 embaixadoras e 50 influenciadoras da RME. A organização conta ainda com um grupo no Facebook, com 88 mil membros, onde a sororidade (união feminina em busca de objetivos comuns, tendo como base a solidariedade e a empatia) é promovida por meio de discussões e ajuda mútua.
Além da capacitação, é possível qualificar essa categoria por meio de serviços que dinamizam a potencialidade e criam novas perspectivas de sucesso. É o caso de Localiza Meoo, serviço de carro por assinatura. A empresa oferece aluguel de veículos de forma prática, tranquila, econômica e transparente às usuárias.
Com diferentes categorias para aluguel, Localiza Meoo se aplicada a qualquer tipo de negócio – conforme os objetivos da empreendedora. Há carros compactos e ágeis para deslocamento ou com espaço de sobra para transportar mercadorias. Há para quem precisa de carros com mais estilo ou para comportar toda a família. Seja qual for a realidade, as empreendedoras têm em Localiza Meoo uma parceira para solucionar os desafios do dia a dia.
Empoderamento econômico
Por que as mulheres empreendem? Pode ser para aumentar o rendimento mensal, passar mais tempo com a família, ter a sensação de que é dona das próprias demandas. Mas empreender também pode ser uma questão de segurança para mulheres.
Determinados tipos de violência de gênero acontecem a partir do controle que o agressor tem sobre a vítima, incluindo o controle financeiro. Levantamento desenvolvido pelo Núcleo de Violência Doméstica da Promotoria de Justiça de Taboão da Serra (SP), entre de 2012 e 2016, constatou que 30% das mulheres que sofreram violência e não denunciaram estavam em situação de risco por dependerem economicamente do agressor.
A partir dessa perspectiva, o empreendedorismo atua não apenas como uma alternativa de renda: também é um investimento na independência, segurança e liberdade da mulher.
Outro fator que intensifica a importância do empreendedorismo: a presença de líderes do gênero feminino contribui para uma sociedade mais igualitária. O report da Distrito menciona um estudo realizado pela Kauffman Fellows, em 2019, onde se observou que empresas com ao menos uma fundadora mulher e uma c-level empregam seis vezes mais mulheres que times compostos por homens na liderança.
Como se vê, a pandemia pode até ter estimulado o empreendedorismo feminino no Brasil. Mas sair do sufoco financeiro não é, nem de longe, o único benefício desse movimento. Se pretendemos ter uma sociedade menos desigual, vamos precisar de mais empresas criadas e lideradas por mulheres.
Fazer do nome uma referência e da confeitaria uma arte é o que move Thuany Rodrigues, a idealizadora da Docito. Atuando desde 2023, a confeiteira encontrou nos doces mais que uma fonte de renda: descobriu uma paixão, um propósito e uma forma de eternizar afeto em forma de sabor. A trajetória começou em meio a uma virada de vida. Na época, Thuany precisou deixar o emprego para cuidar da filha de apenas um ano. Foi nesse momento de incertezas que nasceu a Docito, impulsionada por um sonho e pelo desejo genuíno de fazer dar certo. “No início eu não tinha noção alguma, apenas um sonho. Mas com o tempo, fui me especializando, estudando e me apaixonando mais a cada dia pela confeitaria”, conta. Com produção 100% artesanal, a empreededora imprime em cada detalhe de seus produtos um cuidado artesanal. Delícias preparadas com ingredientes selecionados e técnicas que unem estética refinada com sabor caseiro, uma sofisticação que não apaga a memória afetiva, mas a valoriza. Sua assinatura carrega um delinear artístico: é fácil reconhecer um produto Docito pela beleza delicada, pelas texturas equilibradas e, sobretudo, pelo gostinho que remete à infância, às festas de família, ao colo de mãe. Thuany entrega experiências. Cada encomenda é pensada como um presente ao paladar, como uma forma de marcar momentos importantes com um toque de delicadeza. “Eu acredito que comer um doce é também reviver um instante especial. Por isso coloco carinho em cada camada, em cada recheio, em cada embalagem”. Assim, a Docito já se tornou sinônimo de charme e excelência na confeitaria artesanal. É prova de que quando o trabalho é guiado por amor, dedicação e verdade, ele encontra seu espaço, e adoça a vida de muita gente.
Em Tianguá (CE) e região, a confeitaria ganhou a assinatura própria de Jaqueline Doroteu. Mais do que um nome, trata-se de uma marca que carrega identidade, propósito e um legado afetivo construído com talento, fé e dedicação. Seu trabalho é, antes de tudo, uma expressão artística, onde cada produção leva design junto ao sabor afetivo. Completando 10 anos de jornada na confeitaria em setembro, a empreendedora transforma sonhos em criações de sucesso. A história começou em 2015, cercada de incertezas, mas também de coragem. Os primeiros passos foram dados com a venda de bolos pequenos de aniversário e bolos de pote. Mas a história de Jaqueline começou bem antes. Desde 2007, já se expressava artisticamente por meio do artesanato em biscuit. O que parecia apenas um ofício foi, na verdade, um preparo silencioso para o que viria a ser sua maior obra: seu próprio negócio. Ao migrar da escultura para o açúcar, ela levou consigo o olhar atento aos detalhes, a sensibilidade estética e o capricho que definem sua confeitaria. Hoje, aos 42 anos, comanda o negócio ao lado dos três filhos, cada um com um talento único que soma à missão da família: oferecer mais do que delícias, mas também uma experiência sensorial. Com ingredientes selecionados, design autoral e um toque artesanal em cada detalhe, a marca se tornou referência. Perfeccionismo que transmite conceito e identidade própria aos produtos. Entre desafios e conquistas, ela segue firme: “Com fé, dedicação e o apoio de Deus, seguimos construindo sonhos”, afirma. E assim, se consolida como uma assinatura de arte e afeto, uma verdadeira fábrica dos sonhos, capaz de eternizar momentos e fazer de cada celebração um saboroso e inesquecível acontecimento. Instagram: @ateliejaquelinedoroteu
Mais do que doces, a confeitaria artesanal da Santo Sabor Pelotas entrega memórias. Criada em 2019 no Rio de Janeiro, a marca vem conquistando o público com produtos feitos à mão, com ingredientes selecionados, qualidade técnica e um toque afetivo que transforma cada receita em uma experiência sensorial única. À frente da marca está Marceli, 43 anos, gaúcha, casada, formada em Ciências Contábeis e, mais recentemente, em Gastronomia — formação que traduz sua virada profissional e pessoal. A trajetória empreendedora começou para criar uma fonte de recursos. Ao retornar ao Rio de Janeiro pela segunda vez e enfrentar a falta de oportunidades no mercado de trabalho, ela buscou uma alternativa: começou a produzir bolos de pote e pequenos doces, mesmo sem nenhuma experiência. Logo o novo trabalho virou uma paixão, e, com o tempo, também se tornou referência. "Eu não sabia fazer nada de doce, mas fui tentando. Me apaixonei, estudei, investi em mim e hoje é o que eu amo fazer", conta a empreendedora, que passou a atender por encomendas e pelas redes sociais. Com dedicação e foco na qualidade, sua produção cresceu, e o reconhecimento veio através do boca a boca e da fidelidade dos clientes. Hoje, com seu próprio trailer, a Santo Sabor Pelotas amplia suas opções e seu alcance. A variedade de delícias inclui cookies artesanais, brigadeiros gourmet, bolos recheados e outras criações que seguem o mesmo cuidado de sempre: tudo feito por Marceli, com carinho e uma seleção criteriosa dos ingredientes. Assim, se firma como referência de amor junto ao sabor na confeitaria artesanal no Rio de Janeiro, com um nome que virou assinatura. Cada doce carrega história, cuidado e capricho, valores que fazem do trabalho não apenas um negócio, mas um símbolo de zelo, gostinho artesanal e requinte. Tudo é preparado com atenção, entregue com ternura, para criar doces momentos.
Arte, amor e sabor: três características que definem o trabalho da confeiteira Soraia Medeiros, mais conhecida como Soraia Dolce, uma referência na confeitaria artesanal no Rio de Janeiro. De seu ateliê em Bangu, na Zona Oeste carioca, saem verdadeiras obras de arte comestíveis que encantam não só pela beleza, mas principalmente pelo sabor que resgata memórias afetivas e transforma as celebrações em um momento inesquecível. Sua trajetória começou de forma modesta e cheia de afeto: em 2000, preparando bolos para as festas da família. O que nasceu como um gesto de carinho evoluiu para uma paixão que atravessou desafios e amadureceu em forma de negócio. Como muitas mulheres empreendedoras, enfrentou jornadas duplas durante anos, conciliando a confeitaria com outro trabalho, até decidir dedicar-se exclusivamente ao que ama: criar delícias que tocam o coração. Com forte apoio da família, base e incentivo constante, realizou o sonho de montar seu próprio ateliê. Ali, cada produção é feita com ingredientes selecionados, atenção aos detalhes e um cuidado que é percebido em cada mordida. Sua especialidade são bolos com cobertura de chantilly, pasta americana e doces personalizados, sempre com acabamento impecável e um sabor que se tornou sua marca registrada. Mais do que uma confeiteira, Soraia é uma artista. Sua cozinha é seu ateliê, e seu nome, hoje, é sinônimo de qualidade, requinte artesanal e capricho. Assim, ela construiu uma reputação sólida baseada em entrega, dedicação e amor pelo que faz. Ao transformar lembranças em sabores e emoções em doces, Soraia Medeiros mostra que a confeitaria é, sim, uma forma de expressão uma arte capaz de marcar vidas com doçura, requinte e memória afetiva.
Em 2023, Isac Santos e Jéssica Olmedo começaram a namorar com um objetivo especial: construir juntos o sonho do casamento. O que não imaginavam era que, apenas oito meses depois, uma ideia simples mudaria não apenas os planos para a festa, mas também o rumo de suas vidas. Para contribuir com os investimentos necessários para o casamento, o casal decidiu produzir biscoitos artesanais. A iniciativa começou de forma despretensiosa, com algumas fotos de biscoitos natalinos publicadas nas redes sociais. A resposta foi imediata: as encomendas começaram a chegar já na primeira publicação. Diante do potencial do negócio, eles criaram rapidamente o perfil da nova empresa no Instagram: Ideia Comestível. O que nasceu como um meio de realizar um sonho acabou se transformando em outro, tão doce quanto os próprios biscoitos que produzem. O envolvimento com o universo dos biscoitos cresceu rapidamente. O casal se apaixonou pelo ramo, investiu em cursos e dedicou-se ao aperfeiçoamento de receitas, sempre priorizando ingredientes de alta qualidade. Um dos destaques da produção é a pasta de baunilha natural, que confere um sabor único às massas. Conciliar as encomendas com as atividades profissionais, Isac como representante comercial e Jéssica como ilustradora, nunca foi tarefa fácil. Muitas noites estendidas e fins de semana dedicados à produção foram (e continuam sendo) parte da rotina. No entanto, o esforço tem valido a pena: a empresa cresce rapidamente e as encomendas são constantes. Atualmente, a Ideia Comestível oferece muito mais do que biscoitos para o dia a dia. O cardápio inclui opções personalizadas para empresas, casamentos, aniversários, batizados e datas comemorativas como Dia dos Pais e Dia dos Professores. Entre os destaques estão os biscoitos para colorir e os casadinhos recheados, campeões de vendas. A criatividade também se reflete nas embalagens todas exclusivas, temáticas e desenvolvidas pelo próprio casal. Clientes se encantam tanto com o sabor quanto com a apresentação dos produtos, e frequentemente retornam para novas encomendas. No primeiro semestre de 2026, Isac e Jéssica celebrarão o tão sonhado casamento, reconhecendo que os biscoitos artesanais foram uma verdadeira bênção de Deus em suas vidas. Mas a história não termina com o “sim”. A Ideia Comestível, que surgiu para concretizar um sonho, tornou-se a grande paixão do casal, e promete continuar adoçando histórias por muito tempo, assim, foi eleita o Melhor Biscoito de 2024 pelo prêmio Melhores do Ano Campinas, consolidando-se também como referência em biscoitos carimbados e personalizados. Direto de Holambra (SP) para todo o Brasil, a marca conquista clientes com produtos que unem sabor, criatividade e um cuidado artesanal nos mínimos detalhes, transformando os biscoitos em verdadeiras obras comestíveis.
Governador Valadares (MG) - Quando se fala em confeitaria de excelência, o nome de Bel Oliveira é sinônimo de qualidade e carinho. Sua trajetória, marcada pela paixão e dedicação, transformou seu trabalho em uma referência de requinte artesanal e sabor. Há mais de 20 anos, Bel vem encantando paladares e resgatando memórias afetivas com delícias feitas com amor e cuidado. O interesse pela confeitaria começou ainda na infância. "Sempre gostei de fazer receitas diferentes. Quanto mais desafiador, mais me motivava", conta a confeiteira. Porém, foi no ano 2000, diante da necessidade, que ela se encontrou na confeitaria, iniciando com tortas doces na fábrica de doces de uma amiga. A primeira, e até hoje um de seus maiores sucessos, foi a torta de damasco, que logo se tornou o carro-chefe de seu portfólio. Com o tempo, surgiram outras criações de sucesso, como a que hoje se chama Explosão de Chocolate. Com um catálogo que chegou a ter 50 sabores, Bel se consolidou como pioneira, sempre inovando com tortas, bolos e doces especiais. "A cada novo sabor, um novo desafio". Assim também foi pioneira nos tradicionais bem-casados e bem-folhados em Governador Valadares (MG). Seus doces para festas, como os bem-casados, rapidamente se tornaram indispensáveis em celebrações de todos os tipos. Bel atende toda a região e até estados vizinhos. Recentemente, realizou um casamento no Rio de Janeiro e, ainda este mês, atenderá outro casamento em um dos mais requintados salões de eventos de Vitória (ES). O segredo do sucesso está no uso de ingredientes selecionados e no carinho com que prepara cada criação. Para ela, confeitaria é mais que técnica, é uma forma de contar histórias e criar memórias afetivas. "Quando vejo um cliente sorrir ao provar meus doces, sei que estou cumprindo meu papel". Hoje, ela vive exclusivamente de sua paixão. Seu nome é uma assinatura de qualidade e amor, e suas delícias continuam a encantar gerações com o toque único de quem faz da confeitaria uma verdadeira arte.
Na acolhedora cidade de Amarante do Maranhão, Elizângela da Silva Moraes, 45 anos, transformou ingredientes em verdadeiras obras de arte. A empreendedora, mais conhecida como Bisa, é uma referência em sabor, carinho e tradição. Com a marca Bisa Bolos e Doces, ela conquistou não apenas o paladar, mas também o coração dos seus clientes, resgatando memórias afetivas em cada produção. A história com a confeitaria começou cedo. Aos 12 anos, ainda menina já mostrava talento e determinação: fazia pães e geladinhos para vender nas ruas. Foi esse espírito empreendedor que chamou a atenção dos vizinhos, que passaram a pedir bolos confeitados para aniversários. Sem formação técnica, mas com um talento nato, ela preparava as receitas com os ingredientes que lhe eram entregues, e sempre com um toque especial: amor em cada detalhe. Hoje, a menina sonhadora se tornou uma empreendedora admirada. Professora, mãe de três filhos e vencedora da primeira edição do prêmio "Melhores do Ano" de 2024, na categoria Confeitaria, Elizângela é símbolo de dedicação e excelência. A escolha popular só confirmou o que muitos já sabiam: seu nome é sinônimo de qualidade. O diferencial está no cuidado artesanal. Seus bolos são feitos com ingredientes selecionados, misturando técnica, sensibilidade e criatividade. Cada criação carrega requinte e emoção, equilibrando sabor e estética com maestria. Tudo que prepara vai além do paladar, é uma experiência sensorial, despertando lembranças da infância, da casa da avó, da mesa em família. O apelido carinhoso veio de uma das s uas irmãs , tornou-se assinatura de um trabalho que une requinte e inovação. “Bisa” é um legado de confiança e afeto. É arte comestível, feita com mãos moldam histórias. Em cada produção pulsa o amor de quem fez da confeitaria sua missão. Bisa Bolos e Doces é hoje o reflexo de uma vida dedicada a adoçar momentos com autenticidade, paixão e excelência artesanal.
Mogi Guaçu (SP) - Raquel é o nome por trás da Sucré Biscoiteria, uma confeitaria artesanal que conquistou espaço unindo talento, sensibilidade e visão empreendedora. Formada em Arquitetura, ela decidiu pausar a carreira quando a filha mais velha nasceu. A escolha de acompanhar de perto a maternidade trouxe também a necessidade de recomeçar, e foi dentro de casa, na cozinha, que encontrou um novo propósito. Durante a pandemia, um curso online de biscoitos decorados, inicialmente buscado pela filha, acabou despertando o interesse de Raquel. Mesmo sem grandes pretensões, ela começou a testar receitas. O retorno foi imediato: amigos e familiares passaram a fazer encomendas, encantados com a delicadeza dos biscoitos. O hobby virou negócio, e o improviso deu lugar à profissionalização. Assim, ela se especializou. Fez dois anos de confeitaria no Instituto Gastronômico das Américas (IGA), além de diversos cursos voltados ao aperfeiçoamento técnico. No fim de 2023, investiu em um imóvel próprio e transformou o espaço na sede da Sucré. Lá, oferece uma variedade de produtos artesanais: bolos, tortas, empanadas, biscoitos decorados e chás (revendas), com foco especial nos biscoitos do dia a dia, que remetem à memória afetiva com um toque de sofisticação. A empreendedora também criou o evento “Café em Casa”, realizado duas vezes ao ano, no Dia das Mães e no Natal. A iniciativa reúne mulheres empreendedoras e artesãs locais para um encontro que fortalece redes de apoio e valoriza o trabalho feminino. O evento já se consolidou no calendário da cidade como um espaço de inspiração e colaboração. Raquel, hoje projeta experiências através do paladar. Com sensibilidade, técnica e afeto, ela ergueu uma verdadeira arquitetura do sentir, onde cada detalhe importa e cada criação conta uma história. Transformou um momento de pausa em uma jornada de descobertas e realizações, e faz, do próprio nome, uma assinatura marcada por arte, requinte, delicadeza e sofisticação.
Formada em Análise de Sistemas e com duas décadas de atuação na área de tecnologia, Luciana França, 47 anos, viveu uma virada profissional e emocional que a conduziu a um novo universo: a confeitaria. À frente da Luh França Cakes, ela alia técnica, sensibilidade e ingredientes selecionados para entregar mais do que bolos, entrega afeto, histórias e memórias. A transição começou em 2014, em meio à crise econômica nacional, marcada por instabilidade política e desemprego. Quando o marido perdeu o emprego, o salário de Luciana já não cobria todas as despesas da casa. A alternativa surgiu dentro da própria família: sua irmã, então enfermeira e doceira nas horas vagas, passaria o bastão. Luciana começou a confeitar em silêncio, usando o nome da irmã enquanto aprendia na prática. "Minha irmã era enfermeira no Hospital das Clínicas, em Goiânia. Mãe solteira de três filhas, fazia doces para complementar a renda. Ao se casar, ela não precisou mais fazer jornada dupla. Eu, passando por dificuldades, pedi a ela que não avisasse os clientes de que deixaria de aceitar encomendas. Quando surgia algum pedido, ela me ensinava, eu produzia, e ela entregava como se tivesse feito. Trabalhei em jornada dupla por dois anos: durante o dia, como analista de sistemas, e à noite, como confeiteira." "Comecei com os bolos de pote, dei aulas, experimentei de tudo para saber qual caminho seguir". Em 2016, já morando no Rio de Janeiro e trabalhando remotamente em sua profissão original, tudo parecia estável. Mas o vazio se instalou. Três anos depois, veio o diagnóstico de depressão profunda. Foi então que um conselho mudou tudo: “faça algo que você goste”. No Carnaval de 2019, levou um bolo para o churrasco do prédio e saiu de lá com quatro encomendas. O que antes foi necessidade, tornou-se paixão e propósito. Assim, mergulhou em cursos, técnicas e sabores. Pediu demissão e passou a viver exclusivamente da confeitaria, hoje tocada da própria cozinha. Mesmo em espaço reduzido, seu sucesso é evidente. O trabalho que faz de seu nome uma assinatura mescla a união de estética impecável, ingredientes de qualidade e um sabor que resgata memórias afetivas. Seu sonho é ter um ateliê próprio, onde possa separar a casa do trabalho, desenvolver novas receitas e continuar realizando sonhos. “A confeitaria me curou. Hoje, eu me cuido, faço atividade física, conheço pessoas incríveis e ajudo a criar momentos inesquecíveis”, conta. Com uma história repleta de coragem e persistência, Luciana França não apenas faz bolos, ela transforma vidas com arte, amor e muito sabor.
Unir arte e sabor com afeto é a receita de sucesso da confeiteira Juliana, criadora da marca Delícias da Jú. Seus bolos e doces personalizados não apenas encantam pela estética, mas despertam emoções, memórias e um sentimento de acolhimento em cada produção artesanal. O que começou com bolos de pote vendidos na vizinhança se transformou em um trabalho autoral, reconhecido por sua assinatura de qualidade, criatividade e amor em cada detalhe. A história começou em um momento de dificuldade. Durante o início da pandemia, com o marido desempregado e as contas apertando, ela viu nos doces uma forma de ajudar nas despesas da casa. Começou de forma modesta, vendendo bolos de pote e doces tradicionais. O sabor e o capricho chamaram atenção, tanto que os próprios clientes passaram a perguntar se ela também fazia bolos de aniversário. Foi o impulso que faltava para transformar o talento em negócio. Investiu em cursos, buscou referências e aprimorou técnicas. Descobriu na confeitaria uma paixão: fazer arte comestível, que fosse além da estética, capaz de tocar as pessoas. “Amo o que faço. Cada bolo carrega uma história, um momento especial para alguém, e eu me sinto parte disso”, conta. Hoje, a Delícias da Jú é sinônimo de confeitaria afetiva e personalizada. Seus bolos são feitos com ingredientes selecionados e um cuidado que vai do recheio à decoração final. São obras comestíveis que marcam datas importantes e trazem à tona lembranças doces da infância. Com uma clientela fiel e em crescimento, a empreendedora mostra que o sucesso não está só na receita, mas no sentimento que se coloca em cada preparo. E assim, faz do próprio nome sua marca, uma assinatura de sabor, arte e afeto.